Hepatite designa qualquer degeneração do fígado por causas diversas, sendo as mais frequentes as infecções pelos vírus tipo A, B e C e o abuso do consumo de álcool ou outras substâncias tóxicas (como alguns remédios).
Vamos então falar um pouquinho de cada um deles:
HEPATITE A:
- O vírus pertence a Família Picornaviridae
- É um RNA vírus.
- Não possui envelope
Patogenicidade: Aumenta com a idade - 70 a 80 % das crianças menores de 4
anos de idade infectadas não apresentam sintomas
Virulência: baixa capacidade de produzir doença de maior gravidade e é, em geral, auto-limitada, com restabelecimento completo e letalidade pequena.
Sintomas: A infecção pode ser sintomática ou assintomática. Os sintomas mais comuns são febre, pele e olhos amarelados, náusea e vômitos, mal-estar, desconforto abdominal, falta de apetite, urina com cor de coca-cola e fezes esbranquiçadas.
Incubação: 15-50 dias (média de 30 dias)
Transmissão: O vírus é transmitido principalmente por água e alimentos contaminados. Pode também ser transmitido pelo contato intimo e por exposição sanguínea.
Diagnóstico: Se da através de testes sorológicos. Faz se a dosagem dos anticorpos Anti-HAV IGG e Anti-HAV IGG.
Apesar de existir vacina contra o vírus da hepatite A (HAV), a melhor maneira de evitá-la se dá pelo saneamento básico, tratamento adequado da água, alimentos bem cozidos e pelo ato de lavar sempre as mãos antes das refeições.
HEPATITE B
- O vírus da Hepatite B, HBV, é um vírus envelopado com dupla fita de DNA,
pertencente à família Hepadnaviridae.
Transmissão: A transmissão se da principalmente por exposição sanguínea. Também pode ser transmitido por saliva, sêmen ou fluido vaginal, porem em menores níveis.
Incubação: de 30 a 180 dias (média em torno de 60 a 90 dias)
Sintomas: A infecção pode ser sintomática ou assintomática. Quando sintomática a evolução da hepatite B aguda consiste de três fases:
- Prodrômica ou pré-ictérica: febre, astenia, dores musculares ou articulares e sintomas digestivos
- Ictérica: abrandamento dos sintomas digestivos e surgimento da icterícia que pode ser de intensidade variável
- Convalescença: Desaparece a icterícia e retorna a sensação de bem-estar.
Para diagnostico vale a pena ressaltar os principais antígenos do vírus da Hepatite B:
- superfície (HBsAg )
- core (HBcAg)
- antígeno e (HBeAg)
Curso sorológico da hepatite B aguda:
Curso sorológico da hepatite B crônica:
No Brasil, a vacina contra o HBV foi incluída no Programa Nacional de Imunizações no ano de 1996.
- A primeira dose da vacina Hepatite B deve ser idealmente aplicada nas primeiras 12
horas de vida.
- A segunda dose está indicada com 1 ou 2 meses de idade
- A terceira é realizada aos 4 meses.
- A quarta dose é realizada aos 6 meses.
Desde 2012 no Programa Nacional de Imunizações (PNI), a vacina combinada DTP/Hib/HB (denominada pelo Ministério da Saúde de Penta) foi incorporada aos 2, 4 e 6 meses de vida. Dessa forma, os lactentes que fizerem uso desta vacina recebem quatro doses da vacina Hepatite B.
HEPATITE C
- O vírus da Hepatite C, HCV é membro da família Flaviridae
- RNA vírus
- Genoma em fita simples
Patogênese: A infecção aguda é geralmente assintomática, sendo rara
a ocorrência de falência hepática fulminante. Cerca de 75% das infecções agudas progridem para infecção crônica em adultos. A cura de processos agudos em crianças ocorre em
aproximadamente 50% dos casos. Cerca de 20-50% dos portadores crônicos desenvolvem
cirrose, falência hepática ou carcinoma hepatocelular.
Transmissão: A principal forma de transmissão é via parenteral. O vírus é transmitido por transfusão de sangue contaminado (incluindo preparações de imunoglubulina), uso de drogas intravenosas, tatuagens, body piercing e, secundariamente, por via sexual.
Sintomas: Em infecções agudas, os sintomas mais comuns são a fadiga e icterícia, embora a maioria dos pacientes evoluem para a infecção crônica totalmente assintomáticos.
Incubação: média 6-7 semanas (2-26 semanas).
Diagnóstico: O diagnóstico se da pelos elevador níveis de Anti-HCV no sangue.
Todavia podemos ter resultados falso-positivos como na Hepatite autoimune e enzimas hepáticas normais e nenhum risco para hepatite C.
Podemos ter também resultados falso-negativos como na Imunossupressão em transplantados.
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